Espaço água com açúcar


Interrompendo mais um frio dia paulistano (frio na atitude, porque a temperatura está variando entre 27 e 30 graus), hoje recebi duas modalidades de presentes internéticos que fizeram a saudade bater. O primeiro veio pelo MSN, uma versão de Tiny Dancer interpretada pelo Foo Fighters, enviada pela minha amada Martina (a minha Marta). O outro regalo veio da também amada Luanna (não adianta, não vou chamar de Luly), que lembrou de mim em seu fotolog.

Essas duas – que coincidentemente possuem o mesmo sobrenome, Mendonça - sabem o quanto foram e são especiais pra mim. Espero revê-las em breve, assim como todas as outras más companhias de Belém a quem posso chamar de amigos. Nóis não prestemo, mas a gente se amemo.

4 comments

É do Pará


Digam o que quiserem, mas ele é nosso:

http://www.engepara.com.br/parceiros/robocop/robocop.HTM

São reflexos da política do Governo do Estado que investe em turismo, geração de emprego e renda.

Como disse a amiga Juliana ; o rapaz parece ainda não ter tido uma namorada.

O link é cortesia de Vladimir (ou Vlad Cunha, como gosta de ser chamado), companheiro de Ressaca.

3 comments

De piratas e cristãos de praça


Alô, Sérgio? Que horas é o show cara, oito ou nove? Pô, é às sete bicho. Puta merda, não diz isso, mas são seis e quarenta, fudeu! Corre que dá tempo!

Merda, táxi ocupado. Porra, outro táxi ocupado. Caralho, mais um, será que toda São Paulo resolveu andar de táxi hoje? Beleza, um desocupado! Boa noite, Sesc Ipiranga por favor. Não conheço, o senhor sabe onde fica? (era só o que me faltava, um taxista que não sabe onde fica um Sesc) ah cara, sei lá, é na rua paralela ao Parque da Independência. Qual parque? O da independência, Museu do Ipiranga, independência ou morte, Dom Pedro, tela do Pedro Américo da capa do seu caderno escolar, saca? Ah, sim, ali perto do museu, já sei mais ou menos.

Nossotros somos Los Pirata de San Pablo, esta és la quinta canción del show. Porra, perdi 4 músicas, vejamos o resto da apresentação então. Estranho o público, onde estão os rockeiros ensandecidos ameaçando saltos do palco e se debatendo em rodas de pogo? Ao invés disso temos famílias, crianças, velhinhos balançando o pé, uma senhora em especial que rodopia ao som de qualquer nota da guitarra ou virada da bateria e uma fã gordinha que não sabia cantar música nenhuma, mas pulava e dançava como uma fã do Menudo matando baratas tontas.

Fim de show, entregues os bombons de cupuaçu e sabores amazônicos diversos aos integrantes da banda. João “Paco” convida ao seu apartamento para a festinha em comemoração ao seu natalício. O transporte até o apartamento no Sumaré foi realizado no carro de Jesus, não o de Nazaré, mas o de sotaque da Pompéia. O educativo traslado serviu para que eu conhecesse as emocionantes ladeiras do eixo Sumaré-Perdizes. Lembrarei de jamais transitar a pé por estes bairros.

Na casa de Paco, conheci Eliot, o primeiro gato do mundo em formato de capivara. Também fui apresentado ao Tom, gato adquirido propositadamente na cor preta para que combinasse com os móveis da sala, nas cores branca e laranja. No desenrolar da festa, uma das interessantes discussões que seguiram foi a respeito da quantidade de beijinhos de cortesia no rosto de acordo com a região do Brasil. Chegamos ao consenso de que em quase todo o Brasil são dois beijinhos, mas os paulistas, mais práticos e frios, cortaram somente para um, já os gaúchos, por alguma insegurança ou tradição, preferem dar três.

Apesar do álcool circulando de copo em copo, percebi que eu era o único bêbado da festa sabe-se lá porque. Antes que começasse a puxar uma roda de pagode ou tentasse dar em cima de uma tia do aniversariante, preferi chamar um táxi.

Boa noite, pode entrar fumando no carro? Pode sim. Pois é, fico na Vila Mariana, Rua Neto de Araújo, dobra na Lins de Vasconcelos que depois aponto o caminho. O taxista olhou minha camiseta. O senhor é roqueiro? Sim, gosto de rock. Vou colocar em uma estação de rock então pro senhor. Ao som de Bed of Roses do Bon Jovi, o motorista continuou: tenho um amigo que começou a escutar rock, ele ia na igreja comigo, mas agora só anda com uma cruz de ponta a cabeça no pescoço, virou anti-cristo, sabe? Todo mundo que escuta rock é anti-cristo, é?

Bêbado até o rabo do S da minha camiseta Star Wars, comentei que o amigo dele devia estar escutando heavy metal e que provavelmente havia se empolgado demais com a mensagem. Então o senhor não é anti-cristo? Não, não sou. No rádio começa a tocar Yellow do Coldplay. Ah, essa é legal, disse o taxista. Mas que diabo, pensei.

2 comments

SP 452


Desconfio que São Paulo importou o clima de Belém. Desde que cheguei só existem duas opções: calor ou chuva.

Ontem andei por ruas não arborizadas sob um calor de 36 graus. Incluindo a quentura de asfalto por e a falta de circulação de vento por culpa dos prédios, a sensação térmica deve ter chegado próximo dos 40 graus. Maravilha.

Ah, ontem também foi aniversário da cidade e feriado. Ao contrário de Belém, a impressão é que existe um grande orgulho do paulistano em comemorar o aniversário da sua terra. A programação cultural espalhada pela cidade, conjugada com o dia de descanso, também colabora pra isso.

Em comemoração aos 452 anos da cidade, no Parque da Independência acotovelaram-se paraenses, alternativos, pseudo-alternativos e muitos outros pseudos para assistir Paulinho da Viola, Naná Vasconcelos e a grande atração, os pernambucanos do Cordel do Fogo Encantado. Antes de falar do Cordel, um parágrafo para a chuva torrencial que caiu no intervalo entre os shows do Naná e do próprio Cordel, encharcando a todos e deixando minha bermuda jeans com 15 quilos a mais.

Eis aqui o parágrafo para a chuva torrencial que caiu no intervalo entre os shows do Naná e do próprio Cordel, encharcando a todos e deixando minha bermuda jeans com 15 quilos a mais.

O Cordel do Fogo Encantado é o tipo de banda que você não pode mais falar mal sob pena de ser no mínimo taxado de idiota. Não poder falar mal de algo é sempre preocupante. Assim nasce a censura, descambando fatalmente para o autoritarismo e uma série de outros ismos dependendo do caso, vide os psicóticos fãs dos Los Hermanos. Enfim, mas falando do show, realmente os hômi são muito bons no palco. Showzão eu diria, mas não é o som que escuto em casa ou que me faz pular e berrar no meio da multidão, isso não impede que eu reconheça que a banda é boa dentro do que se propõe. Foda é ter que se justificar por não gostar, ora vão se foder. Em Belém o hype do Cordel ainda não chegou, aproveite para formar uma opinião sobre porque logo você deverá expô-la.

Sobre os shows anteriores, nunca tinha visto o Paulinho da Viola ao vivo, fodaço. O Naná Vasconcelos eu não vi. Estava preocupado em comprar cigarros fora do parque, obter uma cerveja gelada e esperando a fila do banheiro andar. Prometo mais esforço no próximo ano.

4 comments

Observações paulistanas


Esquisito chegar em São Paulo no calor. Muito calor mesmo, mas sem a umidade equatorial de Belém que faz as pessoas suarem como maratonistas. Aqui faz mais sentido você comentar sobre o clima, já que existem consideráveis mudanças entre as estações, fazendo com que o assunto renda mais. Não entendo porque em Belém ainda se comenta “nossa, que calor” ou “só chuva hoje, né?”, já que estas são as duas únicas opções climáticas disponíveis desde que a cidade foi fundada.

Curioso também notar as diferenças entre cidades nas nomenclaturas de ruas e logradouros (logradouro é uma palavra que não deveria morrer, adoro usar: logradouro, logradouro, logradouro!). Por exemplo, o Pará nunca emplacou algum brigadeiro famoso na marinha, porque em Belém não temos ruas com nome de doce: aqui tem Brigadeiro Luís Antonio pra lá, Brigadeiro Faria Lima pra cá e outros menos famosos.

Em uma cidade com sei lá quantas mil ruas, nomeá-las definitivamente não é tarefa fácil. O estoque da datas comemorativas e vultos históricos é limitado, bem menor do que o necessário para São Paulo. Daí ocorrem coisas interessantes como ruas chamadas simplesmente de “Olga” ou “Jorge”. Você mora onde? Na rua Olga. Olga Benário? Não, só Olga.

Duas espécies que proliferam como coelhos em São Paulo são os japoneses e motoboys, mas até o momento ainda não vi um motoboy japonês. Talvez os motoboys entregadores de comida chinesa sejam japoneses.

Outra especialidade paulistana são os posers. Olhando para qualquer lugar eles estão lá. Góticos, indies, punks, clubbers, qualquer tribo. São tantas pessoas querendo posar de alguma coisa que ainda não sei como não existem empresas de consultorias especializadas em criação e venda de atitude. Quem sabe não inicio este negócio por aqui.

3 comments

Lembrete


O texto abaixo também está no fantástico Ressaca Moral
Ah, sim, no de lá tem foto.

3 comments

Músicas de varejo


A música em templos de consumo como shoppings ou supermercados deveria ser apenas um detalhe de conforto tal qual o ar condicionado: na temperatura correta passa imperceptível, mas ao mesmo tempo é essencial para o bem estar do cliente na loja.

Se eu fosse responsável pela programação musical de locais de público tão variado, optaria pelo mais fácil: jazz e variações instrumentais de nomenclaturas diversas, quase música de elevador, quase imperceptível, nada de vocais. Um cliente cantarolando música do sistema de som é mau sinal, pois além de estar se distraindo das compras, o fato dele gostar da canção a ponto de cantá-la, quer dizer que a música agrada a alguém, ou seja, se agrada um, com certeza desagrada outro. Ou você conhece artista unânime?

Andando no shopping ouvi três pérolas nas caixas que me despertaram pena da esposa ou do marido do programador musical do shopping. Imagina o que a figura escuta aos domingos em casa no churrascão.

“Cio da terra” de Chico Buarque e Milton Nascimento me pegou de surpresa na fila do caixa eletrônico. Enquanto amaldiçoava três gerações do cara de dois metros na minha frente (que resolveu utilizar todas as funções possíveis do terminal de auto-atendimento) eu pensava o que diabos Milton colocou na cachaça de Chico para conseguir que ele gravasse algo tão chato. Debulhar o trigo / Recolher cada bago do trigo / Forjar no trigo o milagre do pão / E se fartar de pão. Socorro!

Caminhando em direção à praça de alimentação foi a vez da “Espanhola”, que infelizmente não é aquela que se faz em momentos de máxima intimidade, e sim a de Flávio Venturini, sucesso de motel e em bares voz e violão. Te amo Espanhola / Te amo Espanhola / Se for chorar / Te amo. E eu achando que shoppings pensavam apenas no conteúdo da minha carteira. Na verdade a programação musical ruim é uma chance que estão nos oferecendo. “Se continuar aqui vamos tocar Espanhola! Já pra casa, menino! Poupe seu dinheiro e sua paciência!”.

Beto Guedes no caminho do estacionamento, “Paisagem da Janela” era a bola da vez. Da janela lateral do quarto de dormir / Vejo uma igreja um sinal de glória / Vejo um muro branco e o vôo de um pássaro. Era a deixa para sair correndo, mas a pequena fila para pagar o estacionamento prolongou meu sofrimento auricular. Tentei distrair pensando em outras coisas, como o grande número de amigas mulheres que posam para fotos fazendo pose de “As Panteras” e depois exibem a imagem em seus fotologs ou álbuns do Orkut.

3 comments

Homenagem


Agências de publicidade adoram datas comemorativas. Hoje é aniversário de Belém. Agências de publicidade de Belém adoram o aniversário de Belém. É uma boa oportunidade de faturar uns trocados extras empurrando anúncios de homenagem para os clientes. Quem não fica muito feliz é o departamento de criação.

Sua loja vende portas? “Belém, uma cidade onde as portas nunca se fecham. Homenagem da Renildo Portas ao aniversário da cidade”. Pronto, taí seu anúncio, manda a grana pra cá. Enquanto o atendimento bate perna ou telefone convencendo clientes a aprovar anúncios cheios de mangas e pingos de chuva, a corja da sala de criação frita neurônios atrás de alguma idéia diferente para uma data repetida desde 1616 e que a cada 12 de janeiro recebe mais uma centena de anúncios com o mesmo tema.

“Passa para o estagiário”. Uma das frases mais repetidas na criação quando as fatídicas datas comemorativas se aproximam. Os empolgados escravos impertinentes e deslumbrados recém-formados espevitam-se para a tarefa de gestar os infames reclames. Ao final, pensando terem encontrado a sacada mais genial dos últimos tempos, ganham apenas um bico e um resmungo de seus superiores hierárquicos. É, ficou uma merda. O jeito é resolver com as próprias mãos no peito e na raça. E lá se vai mais um redator ou diretor de arte estressado parir ou copiar uma idéia em cima da hora para um cliente que não merece toda aquela atenção.

Observações sobre os anúncios de hoje válidas para qualquer 12 de janeiro:

- Sempre tem um título escrito em uma bandeira de açaí.

- Mangas são tudo, lembre-se disso.

- Deixa chover, deixa a chuva molhar.

- Se ano passado você usou foto do Ver-o-Peso, este ano é a vez do Teatro da Paz.

- Não esqueça a droga da vírgula ao escrever “Parabéns, Belém”.

- Ligar o negócio do cliente ao aniversário da cidade nem sempre é uma sacada genial, aliás, é uma sacada que já deu no saco (opa! Um trocadilho típico de publicitário engraçadinho).

- Linguagem poética medieval só fica bem em um poema medieval (Belém, és das flores a mais frondosa. És lágrima, és fé. Congratulamos-te pela passagem de teu natalício). Pau no cu.

3 comments

Cálculo por baixo


Costumo beber em média 3 dias na semana. Em ao menos dois destes dias enfio o pé no cupuaçu e bebo demais, geralmente sextas e sábados. Para que eu fique razoavelmente bêbado são necessárias mais ou menos 10 tulipas de 300ml de cerveja. Digamos que às sextas e sábados eu tenha bebido em média 12 destas medidas e às quintas ou domingos eu tenha bebido 8. Ou seja, por semana, bebi algo em torno de 32 copos de chope. Com 48 semanas no ano, posso chegar ao número aproximado de 1.536 tulipas de cerveja entornadas ao longo de 2005. Se em cada tulipa temos 300ml de líquido, então coloquei goela abaixo cerca de 460.800ml (quatrocentos e sessenta litros e oitocentos mililitros) de cerveja.

Lembrando que a probabilidade destes cálculos estarem errados para baixo é muito grande, já que após o quinto ou sexto copo, qualquer contagem está comprometida.

Estou morrendo de medo de fazer conta semelhante para os cigarros.

4 comments

Play too


Faz mais de uma semana que não posto nada aqui. Vou ocupar o espaço com utilidade pública em prol de minha pessoa:

Troco jogos de Playstation 2, de preferência um jogo por outro, mas aceito propostas. Veja o que eu tenho para troca:

- Teenage Mutant Ninja Turtle (sim, Tartarugas Ninja, não me pergunte como isso veio parar na minha mão, mas é legalzinho)

- 50 Cent Bullet Proof (jogo de ação com o rapper 50 Cent. Estilo “eu sou o fodão-mate tudo que se mexer”)

- Syphon Filter 2 (jogo de ação estilo...hummm, estilo o que? Sei lá, é um carinha que sai armado para detonar a galera)

- Mercenaries (também de ação estilo GTA, mas ao invés de gangster você é um mercenário fazendo missões em uma guerra na Coréia do Norte. Do caralho, nem sei porque estou querendo trocar)

- Need For Speed Underground 2 (preciso falar alguma coisa?)

1 comments

E dois mil e cinco ficou


Não sou muito ligado em datas. Natal para mim é apenas uma reunião de família onde se come bem e se escuta música ruim. A passagem de ano também nunca esteve entre minhas noites preferidas, as tendências depressivas que cultivo costumavam se manifestar nessa data. Acho que tem a ver com sensação de tempo passando e uma agonia de não ter conseguido realizar planos ou resolvido problemas eternamente pendentes.

As duas últimas viradas de ano foram diferentes. Acabei passando com amigos que assim como eu, não gostam do sufoco nas praias e nem das comemorações tradicionais em pontos de grande concentração humana.

15 minutos antes da meia noite estávamos rodando em carros em busca insana por um local onde passar a meia noite de forma animada e agradando a todos os que faziam parte do comboio. Os bares abertos estavam todos vazios à espera de clientes que só apareceriam depois da meia noite. Após muitos berros e ligações, ficamos justamente com a inusitada opção de assistir a queima de fogos do lado de fora da Estação das Docas e depois rumar para o Café com Arte, objetivo final da noite.

Como de costume, a noite foi muito divertida, excluindo o fato de que torci meu pé em um pulo mal calculado durante o show do Jolly Joker no Café. Doeu pra caralho, mas tudo bem, só começou a inchar lá pelas seis da manhã. Não estou conseguindo pisar com o pé direito, mas ao menos a farra foi boa.

2005, meu (até agora) último ano em Belém foi muito bem encerrado. Um dos melhores anos da minha vida, talvez o melhor. Meu fígado, pulmões e o PT é que não devem ter gostado muito. Foram 12 meses de muita, mas muita farra mesmo. No lado que sustenta a farra as coisas também foram legais, mas esses assuntos de trabalho não interessam a ninguém (a mim pelo menos não interessa comentar).

Ainda devo postar aqui um outro texto me despedindo dos amigos, mas já fica aqui um agradecimento aos que toleraram ou não meu mau humor, minha estupidez e meu gosto musical neste ano que se foi. Não estaremos mais na mesma cidade, mas o planeta ainda é o mesmo. Logo, logo estaremos tecendo besteiras em outro balcão.

Acho um saco as bobagens e clichês que costumam aparecer no Reveillon, mas gosto da sinceridade das pessoas ao desejarem felicidade umas às outras para o novo ano. A contagem do tempo em anos é interessante porque permite fazer este tipo de recapitulação das nossas vidas por períodos. Ajuda a organizar, algo ótimo para bagunceiros natos como eu.

Apesar dos parágrafos desconexos, desejo sinceramente um feliz 2006 para você e ainda me atrevo a dar conselhos: tenha Sonrisal em casa, fale mais palavrões, evite calcinha/cueca verde-limão e não compre livros do Dan Brown.

4 comments

Last posts

Archives

Links


ATOM 0.3


Webstats4U - Free web site statistics
Personal homepage website counter
eXTReMe Tracker