De onde vem a Jujuba


Balinha açucarada muito comum em aniversários de criança e presa nos dentes da petizada, a jujuba é bem mais antiga do que parece e sua história é cercada de fatos pitorescos muito pouco interessantes e que não acrescentam nada a ninguém.

A palavra jujuba vem do tupi-guarani “ju-juba”, que significa “curumin gago querendo dizendo juba”, o que a princípio pode parecer uma incongruência, já que todos sabem que na América do sul habitada pelos tupis não existiam leões, ou seja, é uma incongruência mesmo. Enfim, o que importa é que os índios preparavam uma espécie de pasta com base na mandioca, a qual chamavam de Biju, que tem “ju” no nome, mas que também não tem nada a ver com a jujuba como conhecemos hoje.

Ao longo do século XX, com o crescimento das cidades e urbanização dos circos, os palhaços foram ocupando cada vez mais espaço na sociedade, espalhando-se pelos mais diversos segmentos como a política, a música popular e a publicidade. Neste período, os nomes de palhaços também foram se modernizando e muitos escolheram “Jujuba” como nome artístico. A Confederação Nacional do Palhaço e do Pierrot (Conapapirot) registra atualmente mais de 1.658 palhaços e palhaças jujuba em todo Brasil, sem contar cães e anões ajudantes com o mesmo apelido. Resumindo, o fenômeno de nomenclatura também não explica nada a respeito da origem do doce petisco.

Ainda na seara dos fenômenos envolvendo nomes, a partir da década de 70 do século passado, nota-se um grande aumento de meninas batizadas como Juliana, nome derivado do latim Julia (cheia de vida). Pesquisas do Instituto de Assuntos Especiais revelam que cerca de 22% das Julianas são apelidadas de Jujuba na infância ou adolescência. 99,87% são comumente chamas de Jú (0,13% não quiseram responder a pergunta) e absolutamente nenhuma delas entendeu qual a relevância destes dados na explicação das origens do doce conhecido como Jujuba.

O açúcar por cima da Jujuba foi adicionado à balinha colorida pelo escritor russo Fiódor Dostoievski autor de Os Irmãos Karamazov - uma história que não tem nada a ver com Jujubas. Fiofó, como era carinhosamente chamado em mesas de bar freqüentadas por alunos de letras, jamais comeu uma Jujuba, mas quando foi incorporado por um médium de Quixadá em 1951 durante uma festa infantil, promoveu o maior quiprocó na cozinha enquanto uma das marchinhas de Emilinha Borba animava o ambiente. Ao som de “Escandalosa”, Fiofó perdeu o equilíbrio e, para escapar das panelas de barro no chão, deu um duplo twist arretado por sobre a mesa onde estavam preparando a rapadura. Quase sentou no doce nordestino, mas acabou estatelado por sobre a saca de açúcar, espalhando doces flocos pelas jujubas que aguardavam calmamente sua vez de ir à mesa em uma bandeja de maçaranduba.

Outro que se rendeu aos encantos da Jujuba foi Dorival Caymmi. O baiano compôs em 1940 o samba “Jujuba da minha terra”, que dizia em seu refrão "Quem não gosta de jujuba bom sujeito não é / é ruim da cabeça ou doente do dente”. Por razões comerciais e devido a uma briga com o sindicato dos dentistas, Dorival trocou Jujuba por Samba, tanto no título da canção, quanto na letra.

Mas não foi apenas a MPB que sofreu influências da jujuba, o rock nacional dos anos 80 também deve muito à chamada “gostosinha da festa”. Vejamos o exemplo dos Titãs em “Jujuba” que diz no refrão: “Jujuba para quem precisa / Jujuba para quem precisa de jujuba”. Posteriormente, a canção foi lançada como “Polícia” devido ao grupo ter assumido uma postura mais punk e menos festiva. Mesmo assim, a banda ainda pode ser flagrada errando a letra, cantando “jujuba para quem precisa polícia” em alguns shows.

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Zé Pretinho


Quem não gosta de Jorge Benjor não é boa gente, mas que ruinzinho o filme de fim de ano da Varig protagonizado por ele, não?

Ele ficou muito pouco à vontade no papel sugerido, a dublagem é canastra, a versão do jingle ficou estranha e a idéia como um todo é meio doida. Para utilizar uma palavra que publicitário ama e eu odeio, a idéia não tem pertinência. Tipo, o que Jorge Benjor tem a ver com Natal? Por que é interessante para a Varig ligar sua imagem à dele? Existia algum outro “esforço de comunicação” (publicitário também ama esta expressão) no sentido da empresa utilizar artistas em suas campanhas? Por que chamar um artista que, tudo bem, é conhecido nacionalmente, possui um trabalho de qualidade, mas que no momento não está nem na mídia de massa e nem a na “mídia de elite” (como uma Vanessa da Mata está, por exemplo). Afinal, que diabos o Benjor está fazendo em cima daquele avião?

De repente a empresa é alguma patrocinadora oficial do Benjor e ele, por previsão em contrato, deve participar de peças publicitárias da Varig. Se for esse o caso, acho que empregaram mal o autor de Taj Mahal. Eu o utilizaria em peças direcionadas a públicos mais específicos, mas isso é uma outra história e provavelmente meus poucos leitores não estão interessados em saber.

Se para você a imagem do Jorge ficou abalada depois do episódio aéreo, baixe “Xangô” (dificilmente você vai achar o disco, não sei se saiu em CD). Pérola do Jorge na época do Ben, parida em uma tarde com Gilberto Gil e provavelmente muitas outras substâncias, lícitas ou não.

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Agueagá


Belém tenta ser uma metrópole, mas sua vocação para província é mais forte. A cidade precisa assumir isso honestamente, essa é a graça. Não temos jeito de São Paulo, nosso negócio está mais para Macapá mesmo e qual o problema?

Como acontece em cidades estilo novelas do Agnaldo Silva (praça-igreja-padre-prefeito-delegado-puteiro), frequentemente Belém flagra-se envolvida em inúteis polêmicas e discussões que não levam ninguém a lugar nenhum, mas que são divertidíssimas.

A madrugada entre os dias 23 e 24 de dezembro de 2005 ficará marcada para sempre na memória do provincianismo da cidade. Desde que o shopping Iguatemi anunciou que ficaria aberto das 10h do dia 23 até às 18h do dia 24 para compras de Natal, a cidade não parava de comentar: vai dar certo? Como assim? O shopping vai ficar aberto toda a madrugada? Quem vai estar por lá às 4 da manhã? Isso vai ser um fracasso!

Pois bem, durante o dia, fazendo o roteiro mental para a farra noturna, meu plano era claro: vamos encher a cara em qualquer lugar antes e chegar pelo shopping umas 4 da manhã para continuar a bebedeira, testemunhar a abertura do estabelecimento na madrugada e claro, fazer merda. Graças à Santa Claus, Randy Rodrigues estava com o mesmo pensamento e convenceu Marcelo Damaso de que este era uma idéia. Artur Bestene foi contratado de última hora, mas vestiu a camisa da missão como se fosse sua última bebedeira.

E com esta configuração de equipe, desfalcados de alguns nomes que começaram a noite conosco, chegamos ao Iguatemi por volta das 3:30 da manhã. Estacionamento lotado. Corredores idem. Famílias, crianças, senhoras com mais de 50 anos. Todos fazendo compras de madrugada, encarnando uma vazia transgressão consumista de classe média. Definitivamente alguém precisava de uma bebida.

Com alguma dificuldade conseguimos uma mesa na praça de alimentação. Em alguns minutos, copos de plástico de 500ml recheados de chope já estavam em nosso poder. Como moleques adolescentes, o desafio agora era fumar sem que os seguranças percebessem. Homens bêbados reunidos sempre tendem a regredir alguns anos em sua idade real.

Conseguimos fumar à prestação: cigarros pra baixo da mesa, um passando pro outro. Maravilha. No palco central, o repertório de praxe em shoppings e afins: MPB e, em nosso caso regional, MPP (sim, a música popular paraense, que nesses locais costuma ser reduzida à “uma leira, uma esteira, uma beira de rio / um cavalo no pasto, uma égua no cio”). O ambiente precisava urgentemente ser cagalizado. Foi quando Artur, ajudado por mim, iniciou seus conhecidos berros pedindo “toca Motorhead porra!”. As coisas começavam a sair de acordo com o planejado.

A impressão era de que a cidade toda estava no shopping. Amigos e conhecidos fluíam pelas mesas como se fossem beatas passeando pela feirinha da praça em frente à igreja. A festa ficou completa quando uma bandinha marcial, contratada do shopping, entrou no ambiente tocando músicas natalinas em ritmo de marchinha. Randy, este iluminado, então sumiu. De repente ouvimos uma voz conhecida saindo das caixas de som. “Aguê, aguêagá, eu danço um afoxé, você toca um maracá”; hit do paraense Marco “quero ser a Maria Betânia” Monteiro. Vitória, aplausos, agradecimento. Randy havia tomado o microfone e coroou com sua performance nosso plano de desestabilização da classe média. Consegui inclusive subir nas cadeiras para aplaudir.

Os reforços não paravam de chegar: amigos vindos dos mais diversos botecos, shows e sacanagens foram conferir pessoalmente a noite em que a cidade preferiu não dormir para comprar camisas de gola pólo e comer Cheddar McMelt na promoção com refrigerante e batata frita.

Qualquer dia as fotos entram no ar aqui.

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Mortal Kombat


Vídeos toscos que se espalham pela internet ficaram tão comuns que a maioria não tem mais graça, já que o fator surpresa do tosco foi perdido. Hoje o amigo ressaquista Paulo Guedes enviou este link: http://media.putfile.com/Mortal-Kombat63


Desse eu gostei. Desconto para a memória afetiva.

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Lemmy, por onde andas?


Quando é que vão parar de surgir bandinhas britânicas e canadenses com pose viadinha e vocalistas com vozes genéricas de Robert Smith? Agora “descobriram” esses tais Kaiser Chiefs (não, sem trocadilhos com cerveja, por favor. Aliás, será que a Skol patrocinaria um festival com eles?).

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O melhor de 2005


Copiando a idéia descaradamente de todos os colunistas que andam por aí e mais especificamente do amigo Marcelo Damaso , vou eleger alguns Top 5 deste ano de 2005. Se você não gostar de alguma coisa foda-se, o blog é meu, o gosto é meu, a lista é minha. Vá publicar o seu Top 5 em outro lugar.


Top 5 Festas Se Rasgum de 2005

1 – Eu não consigo ser alegre o tempo inteiro (com Wander Wildner, em junho)
2 - Randy não posso me amofiná (fevereiro, com Eletrola. Festa de carnaval).
3 – Um banquinho e uma distorção (julho, concurso de calouros).
4 – Rock is the air 2 (janeiro, final do concurso de air guitar).
5 – Remédio contra o tédio (novembro, com Johnny Rockstar).


Top 5 farras homéricas
(muitas não foram lembradas devido ao avançado estado alcoólico de algumas noites)
1 – Casa do Dudu (novembro)
2 – Rockada no mormaço (em janeiro com Eletrola, Suzana, Presidente Elvis, Marcelo brigando com o DJ, Randy e Vlad cantando Eloy Glesias, Gustavo aceitando suborno para tocar).
3 – Casamento metal da Priscilla (setembro, com Roosevelt “Deus do Metal” Bala).
4 – Senadinhos de junho no posto
5 – Onde fica a travessa fulano de tal com a passagem beltrana? (Café Taverna e ruas de Belém, 17 de dezembro).


Top 5 shows de bandas de fora que vieram à Belém (o Wander está fora, seria concorrência desleal, pois é ídolo e pra mim já veio com o show ganho).
1 – Los Pirata (Café com Arte, dezembro).
2 – Autoramas (Café com Arte, junho).
3 – Nação Zumbi (Parque dos Igarapés, junho).
4 – Sapatos Bicolores (Café com Arte, agosto).
5 – Replicantes (Parque dos Igarapés, junho).


Top 5 palavrões que mais utilizei em 2005
(ordem não definida)
- Vai te fuder
- Vai tomar no cu
- Filho da puta
- Ah, meu caralho
- Merda


Depois lembro de mais coisas.

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O Ressaca Moral não morreu!


Estamos aguardando a definição se ficaremos hospedados na puta que pariu, na casa do caralho ou merda que nos parta, por isso o blog está tão parado. Mas tem coisa nova, visitem: www.ressacamoral.com

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Coisas que eu não faria por 10 reais


Dançar
Não sei dançar, não quero aprender e tenho raiva de quem tenta me ensinar. Sou ridículo dançando, não levo jeito. Você gosta de dançar, ok. Eu respeito isso e se você for mulher e dançar bem, acho lindo inclusive. Poucas coisas têm maior potencial de excitação e de memória masturbatória do que uma mulher dançando (bem). Por outro lado, se você tem consciência de que não manja do gingado, mas insiste em dançar porque gosta, não culpe as outras pessoas por rirem de você, o papel de palhaço não é uma escolha e sim uma vocação.

Trocar Pneu
Algum frustrado sexual um dia definiu que o domínio da técnica de substituição de pneus era um símbolo de macheza e virilidade. Nada mais imbecil. O que há de divertido, heróico ou edificante em uma troca de pneu? Meu pensamento é simples: se furar, olho em volta e procuro alguém disposto a fazer o serviço em troca daquela forcinha “pro da cerveja”, caso não apareça ninguém para executar a tarefa, o jeito é trancar o carro e ir embora mesmo.

Namorar no sofá aos domingos
Atestado de fracasso de uma relação, poucas coisas são mais entediantes, broxantes e inúteis do que passar o domingo namorando no sofá. E se a TV da sala só possuir os canais abertos, aí é pra se matar. Praticamente todas as grandes cidades brasileiras oferecem programas dominicais melhores a um casal do que passar o dia vendo artistas populares se apresentando em programas de auditório. Em caso de grana esteja curta ou chuva torrencial, a cama ainda oferece mais diversão do que o sofá, estejam os dois acordados ou não.

Conversar com alguém que manda beijo no coração
Pessoas que mandam beijo no coração geralmente são adeptas do jeito auto-ajuda de ser. Tal modo de vida engloba, claro, a leitura de livros do gênero, o envio de e-mails com mensagens edificantes ou fofinhas, conversas e conselhos “positivos” com amigos que estão de “baixo-astral” e tentativas hipócritas de levar uma vida saudável. O sujeito imprime da Internet uma dieta à base de jiló e rúcula, mas quando ninguém está olhando, se atola numa coxinha com maionese no boteco do Edvan.

Assistir filmes de diretores cujo nome eu não consigo pronunciar
Esta medida afeta alguns bons diretores, mas de uma só tacada me livro de filmes do leste europeu, oriente médio (incluindo o Irã, o que é algo fantástico) e de picaretagens pretensamente filosóficas como aquela bobagem dirigida em três partes por uns tais de irmãos Wachowski.

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Elvis esta muerto


Em maio de 2004, na primeira volta dos MP3s pelo computador já decorei quase todas as letras. Também, com músicas em sua maioria com menos de 2 minutos e com lyrics formadas por duas ou três palavras em um tosco portunhol, isto não era muito difícil. Enfim, gostei do surf-punk-beatles-mexicano-abestalhado do Los Pirata e veja só, coisa rara, até comprei o CD (se você for um agente da Polícia Federal lendo isto, saiba que eu só baixo MP3 com a intenção de conhecer a banda. Quando gosto compro o CD original em uma loja legalizada que emprega todos os seus funcionários com carteira assinada, declarando salário integral nas mesmas).

Há uns dois meses, o Marcelo, amigo boêmio-produtor-metido a jornalista, anunciou a vinda da tal banda para nosso reino de calor e umidade.
(efeito de passagem de tempo, já estamos no dia 8 de dezembro de 2005)
Então os caras (clichê utilizado por 10 entre 10 novos jornalistas de música ao se referirem aos integrantes de bandas) chegaram numa quinta-feira na cidade. Sexta já estávamos levando los chicos para o show do La Pupuña, banda de guitarradas-surf music, hype do momento na cidade e pelo visto em boa parte do Brasil. Uma noite divertida e estúpida como muitas outras onde raps e emocores indígenas foram compostos, merdas foram faladas, bundas foram comentadas e mulheres loucas paravam carros no meio da rua para agarrar homens apaixonados.

No sábado, após detonar centenas de romanos que tentaram em vão derrubar os portões de Esparta em meu Playstation, saí para acompanhar a passagem de som dos Piratas no local do show. Um dos inúmeros bares de Belém com “café” em seu nome. Sem grandes acontecimentos na passagem de som, algumas cervejas foram entornadas à espera do show no início da madrugada. Fodón eu diria. Em pouco mais de uma hora - apresentação imensa se levarmos em consideração a duração das músicas, os Piratas detonaram uns 30 hits portunholeses em uma das melhores apresentações da Dançum se Rasgum neste ano junto com Wander Wildner (fãs do Nervoso e Sapatos Bicolores, por favor, não atirem pedras é apenas a minha opinião).

Domingo foi dia de acompanhá-los em apresentação ao vivo no programa Protótipo (adoro esse nome) da rádio Cultura e depois ao Mormaço, onde juntamente com a banda La Pupuña, aconteceu a apresentação mais foda do trio em Belém e que o idiota aqui perdeu. Mais tarde no jantar, ao menos tive a oportunidade de experimentar a tapioca com brigadeiro e castanha daquela baiúca ao lado do Miléo. Sensacional, recomendo.

Enfim, os paulistanos do Los Pirata formado em 2000 por Paco Garcia (guitarra e voz), Jesús Sanchez (baixo e voz) e Loco Sosa (bateria e voz) passaram por Belém deixando os donos de sorveterias muito mais ricos e a moçada do rock com a língua presa de tanto insistir na piada de falar portunhol. Perfeito para ouvir lendo Los 3 Amigos ou qualquer outra coisa do Laerte e do Angeli (não combina muito com o Adão).

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Review: Spartan Total Warrior


Este vai sair no Banana Games em alguns dias, mas você, um dos três leitores deste blog, lê com exclusividade antes.

Em algum ponto da década de 80 lembro que a Globo anunciou em seu pacotão de filmes o então blockbuster “Fúria de Titãs” (Clash of Titans, 1981). Foi exibido em um sábado no Supercine. Muito garoto, não consegui ficar acordado, mas perdi as contas de quantas vezes assisti reprises.

O filme contava a lenda grega do herói Perseu contra a Medusa. Os efeitos especiais seguiam o esquemão da época: bonecos de massa eram animados com a técnica stop-motion e davam a impressão de movimento. O máximo. Raios, trovões e magias eram animações toscas inseridas na película a três porradas. Difícil um menino com menos de 10 anos não sonhar por alguns minutos em sair cortando cabeças de seres mitológicos após uma sessão de Fúrias de Titãs, um desses filmes que você não deve assistir depois de adulto para não estragar sua memória afetiva.

Em pleno 2005 o sonho de tascar a espada em quem se meter a besta na minha frente foi realizado. Spartan Total Warrior é a primeira investida da Creative Assembly (da excelente série Total War do PC) no mundo dos consoles.

Você está no papel de um guerreiro espartano em plena invasão da Grécia pelos romanos. Esparta é o último bastião da resistência grega que convenhamos, não foi lá tão resistente assim. Com exceção da militarizada Esparta, terra de nego casca-grossa dos quais eu desviaria na rua. Seu guerreiro foi escolhido pelo deus da guerra, Ares, para ser o principal ceifador de almas na missão de botar os romanos pra correr.

A ação é em 3ª pessoa e apesar de receber ajuda de tropas e outros heróis gregos comandados pelo jogo, sua função básica é sair arrebentando sozinho centenas de inimigos. Ao final dos estágios aparecem os tradicionais chefões, outros dos quais eu também desviaria na rua. Como estamos em um mundo de magia onde vale tudo, até o Minotauro e a própria Medusa aparecerão pela sua frente.

O game é dividido em 3 grandes atos que estão subdivididos em níveis menores. Conforme você avança ganha novas armas, aprende novos golpes e pode distribuir pontos para aumentar seu poder de ataque, sua energia ou seus poderes mágicos.

Os movimentos não são dos mais difíceis, após algum treino você já domina tudo. Os básicos são os ataques frontais (uma seqüência de golpes que tiram mais energia do inimigo) e o os ataques multilaterais (cacetadas fortes capazes de atingir muitos inimigos ao mesmo tempo, mas tirando-lhes menos energia).

Os gráficos não possuem grandes novidades, mas são de correta produção e ótima concepção. A ação é rápida, muitas vezes frenética. Aquela sensação de repetição de movimentos e inimigos, muito comum neste tipo de jogo, é evitada pela possibilidade da troca de armas, a boa mudança de inimigos a cada fase e a bem variada movimentação do personagem.

A sensação de ser mais um no meio de uma batalha épica também é reproduzida em diversos momentos, onde geralmente o seu lado está em minoria. Deixe de ser frouxo e esqueça a vontade de fazer xixi, quando for dada a ordem de ataque saia correndo em direção às legiões inimigas e mostre que, apesar do jeito afeminado dos conterrâneos de Atenas, em Esparta a porrada come.

Um modo de jogo divertido e bom para treino é a opção Arena. Consiste em uma seqüência de rounds onde você precisa eliminar uma tropa inteira de inimigos. A cada round a tropa adversária cresce e ganha melhores soldados. Conforme você descobre segredos no modo de jogo normal, alguns itens de ajuda na arena são liberados: recarga de energia, flechas para seu arco, braseiros em chamas que derrubados transformam os inimigos em churrasco, soldados espartanos extras para lhe ajudar, entre outros itens.

Publisher: Sega
Developer: Creative Assembly

Plataforma: Playstation 2, Xbox e Game Cube
Gênero: Ação

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Após sei lá quanto tempo – e isto não tem a menor importância na verdade, este blog está de volta. Eu poderia fazer um post de reinauguração com algo mais relevante para ser lido, mas ora bolas, quem disse que este blog é relevante?

Tem uma frase de música do Los Hermanos que diz “Não te dizer o que eu penso já é pensar em dizer”. Estava refletindo sobre a mesma ainda agora. Tenho visto esta frase se repetir como nicks no MSN, títulos de fotolog e descrições no Orkut. Os jovens fãs da banda a adotaram como uma espécie de “É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã” deste 2005 que se encerra.

Lembrando rapidamente, não recordo nenhuma outra frase recente tão sem significado que tenha sido elevada à condição de máxima do pensamento humano como esta foi. Se não quero dizer algo a alguém, obviamente pensei em dizer, já que tomei a decisão de não dizer, correto? Ô frase besta. Uma noite na mesa do boteco rende no mínimo 10 tiradas que deixam esta no chinelo. Tem gente precisando jogar mais conversa fora em mesa de bar ao invés de se bitolar em pseudo-poesia.

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