Mais surrupio


Novamente roubando conteúdo de Allan Sieber.

Photobucket - Video and Image Hosting

Para o papel de Zidane no cinema eu escalaria Clint Eastwood. Eddie Murphy, interpretando dois papéis, poderia ser os Ronaldos.

2 comments

Surrupio


Ando sem tempo (desculpa esfarrapada para dizer que estou com preguiça de escrever), então em meu giro diário por blogs e sites de putaria, resolvi roubar material do Allan Siber. Visitem o site do cara para amenizar minha cara de pau em roubar conteúdo dos outros.

Photobucket - Video and Image Hosting

0 comments

Os seis passos para a perfeita degustação da pinga


Texto originalmente publicdo dois mil anos atrás no disforme www.ressacamoral.com

1 - A escolha do boteco.As melhores marvadas estão nos piores botecos. Algumas padarias chulé também oferecem boas pingas, mas na dúvida fique com o bom e velho bar e restaurante de um Zé qualquer. Beber cachaça em mesa é uma heresia, portanto confira o balcão do estabelecimento, se ele estiver em bom estado dê o fora, balcão bonito é coisa de lounge bar onde todo mundo senta em sofá e não encosta a barriga em nada.

2 - Horário.O horário de raiz para se tomar um goró de responsa é o intervalo comercial no meio da manhã ou da tarde. Além do efeito anti-stress, o horário tem o charme malandro de se estar fugindo do serviço e enganando a mula do patrão. Uma saída mais completa pode incluir também uma partida de bilhar, mas depois ninguém garante que sua mesa ainda estará no escritório.

3 - Posicionamento.A pose do cachaceiro no balcão, bem como o modo de pedir a mardita é tão importante quanto a própria degustação do líquido. Ao chegar, de preferência usando óculos escuros, não fale com ninguém, mantenha seu olhar fixo em um ponto no horizonte e encoste no balcão jogando a lateral de seu corpo sobre o mesmo e apoiando-se com o cotovelo esquerdo (se você for canhoto pode utilizar o cotovelo direito). O palito no canto da boca é um clássico, mas opcional nos dias de hoje.

4 - Pedido.Levante o braço direito e o indicador (se você for canhoto pode utilizar o braço esquerdo), peça a pinga em voz relativamente alta e logo depois aponte o dedo para o balcão e encoste a ponta na superfície do mesmo. O modo de pedir varia de acordo com a localização do boteco, mas a frase "ô Zé, desce uma!" pode ser utilizada em praticamente qualquer região brasileira sem maiores problemas. Crie seu próprio estilo fazendo amizade com o garçom, chamando-o pelo seu nome correto e pedindo a branca por um apelido criado por você mesmo, tipo "Silvester, vê a baticum aqui". Quando for novo no balcão, jamais pergunte o preço, isso demonstra falta de intimidade com a birita e principalmente, falta de dinheiro na carteira, pois uma dose da vagabunda dificilmente passa de dois reais.

5 - Degustação.A pinga deve ser servida em mini copo americano de 45ml ou em copo americano normal de 190ml (neste caso, a cachaça ocupa pouco menos da metade do copo), mas é claro que você não vai ficar discutindo estas minúcias no balcão. Boteco pé-rapado de primeira linha conhece todos estes detalhes e, mesmo que não conheça, não discuta com o cara do bar que isso é coisa de maricas. Beba em qualquer copo e na quantidade servida, só reclame caso a mardita não desça queimando. Ah, sim, o líquido deve ser bebido em uma só talagada, nada de dois goles. Um leve cheirinho para sentir o aroma do álcool é permitido, mas pode ser mal visto em estabelecimentos com maior índice de machismo.

6 - Pós-pinga.Após virar o copo, não faça cara feia e evite sons ou expressões demonstrando alívio, sinais típicos de quem não possui talento para o ofício. Mantenha a posição de macho inabalável e se for o caso, diga apenas "aahh". Atenção, no máximo dois "a" e dois "h", sem exclamação.

2 comments

Mais melhores bandas do mundo que não existem



O que seria da vida sem os clichês que enchem o saco


Também disponível em no esquecido www.ressacamoral.com

Não repare a bagunça
Frase que não serve para absolutamente nada, pois se o ambiente está muito bagunçado não tem jeito: seu convidado iria se dar conta da desordem por si só, mas caso o visitante seja dos mais distraídos ele não repararia de qualquer maneira, mas agora que você pronunciou a frase ele já conferiu a cueca velha no chão ao lado do tênis sujo e os grãos de arroz do China in Box nas dobrinhas do sofá.

A piada do “não tem preço”
Ataca seu e-mail especialmente às segundas de manhã, principalmente após o chocolate que seu time levou no domingo. É sempre a mesma sacada genial, camisa do seu time: X reais, ingresso pro jogo: Y reais, cerveja no estádio: Z reais, ver o Atlético Jabaroca meter 4 no União Mossoró: não tem preço. Geralmente quem envia é aquele seu velho conhecido metido a engraçado e que acredita que o Orkut será pago a partir de amanhã.

Essa foto é velha, mas tá valendo
Claro que está valendo, quem decide o que entra no seu fotolog ou álbum do Orkut é você mesmo e ninguém tem nada a ver com isso. Esqueça as irrelevâncias e forneça informações mais precisas ao seu leitor como “Maio de 2001. Esse churrasco no sítio da Fê foi histórico: logo depois da foto a Cris vomitou no pé do Claudinho. A Tatá pagou um boquete pro Futuca na piscina e pegou uma micose, eu tava tão bêbada que joguei o gato na churrasqueira e o Ricardinho teve uma hemorragia nasal depois de tentar cheirar açúcar”.

Eu não entendo essa paixão dos homens por videogame

Se você tem mais de 20 anos provavelmente já passou por algumas experiências afetivas com o sexo oposto e deve ter aprendido alguma coisa com elas, e se ainda não entendeu o fascínio exercido pelo videogame sobre nós e isso incomoda você, pare de assistir Sex And The City imediatamente e vá jogar GTA ou Winning Eleven, que podem explicar muito mais sobre a alma masculina do que solteironas trintonas do planeta Manhatan A+.

1 comments

As melhores bandas do mundo que não existem



Os anos que insistem em não acabar


- Doda, tenho um convite irrecusável pra ti!

Os convites da Waleiska são sempre irrecusáveis.

- Jesus, o que é dessa vez?

- É um festival de culinária paraense em um restaurante orgânico, vamos todos!

Não entendi bem a história de o restaurante ostentar como glória o fato de ser orgânico, pois sempre achei que todo alimento ingerido por mim era orgânico visto que, antes de passar por uma indústria, ele também possui origem orgânica. Aliás, os condimentos que os alimentos recebem nos processos industriais também são provenientes de organismos, logo, orgânicos. Enfim, vamos ao restaurante.

Chegando, descubro que o tal festival gastronômico paraense era na verdade uma noite especial com um premiado chef da minha terra apresentando suas criações de forno e fogão com elementos amazônicos. Não lembro do nome de nenhum dos pratos, mas estavam todos muito gostosos. O que ficou na memória realmente foi o trocadilho infame com o nome do chef: Ofir. O primeiro rango-designer do mundo com nome cacofônico: Chefofir, o fofo.

Descobri outra peculiaridade do restaurante quando solicitei ao garçom a carta de cervejas (sempre achei carta de vinhos uma frescura). Ao lado de apenas uma mísera opção de breja nacional era oferecida uma sinistra cerva que declarava ser orgânica, assim como o restaurante. Fiquei tentado a experimentar para depois falar mal, mas o preço não era dos mais convidativos, fiquei então com uma tradicional Skol. Por ser uma noite paraense, também vi alguns clientes tomando a famigerada Cerpa. Ainda pensei em alertá-los sobre os riscos de tal escolha alcoólica, mas refleti e cheguei à conclusão de que as pessoas precisam deste tipo de experiência para evoluírem como seres humanos. É duro, mas necessário.

- Alô.

- Fala Doda, é o Duda, qual é a de hoje?

Duda é um amigo de longa data que recentemente chegou até São Paulo após oito anos de Belo Horizonte. Atualmente estamos escutando piadinhas ultra originais como “é uma dupla sertaneja? Doda e Duda? Rá!”.

- Cara, to em um restaurante com umas amigas. Tá rolando uma noite especial de culinária paraense com o orgânico chefofir.

- Como é? Chefofir orgânico?

- Esquece, vem pra cá e depois vamos pra algum rock, as meninas vão com a gente.

O show tem que continuar, mas longe dos orgânicos. Hora de fazer a consulta de nosso próximo destino.

- Lílian, vamos pra onde?
- Trash 80!

- Não, não entendeste, eu perguntei sério.

- E eu to falando sério, já combinei com a Waleiska, vamos pra Trash 80. Acho que vais gostar, nós íamos muito lá, é divertido.

- Podiam ter combinado comigo, eu faço parte da noite também, né? Além disso, eu sou o motorista...

- Mas nós somos três, mesmo com o teu voto contrário nós duas seríamos maioria, por isso não havia necessidade de consulta.

- Ah, legal.

Quando Duda chega sou obrigado a comunicar a má notícia de que passaríamos o resto da noite na companhia de Trem da Alegria e Rosana.

- Mas calma, a gente enche a cara e nem vai notar, no final vamos dançar lambada com as duas – Tento amenizar.

- É isso, vamos nessa! Mas preciso sacar dinheiro para umas doses extras de vodka, esse papo de lambada vai exigir mais combustível.

No caminho em direção ao centro da cidade tenho tempo para me acostumar com a idéia de que estou a caminho da tal Trash 80. - Calma, são apenas músicas nojentas da década perdida, será no mínimo engraçado – Penso comigo mesmo.

Após alguns minutos na fila, esporte praticado por 10 entre 10 paulistanos, somos recebidos por “Mordida de Amor” do asqueroso grupo Yahoo (que poderia ter registrado seu domínio na web por volta de 94, estariam milionários hoje em dia). Lembro que o guitarrista da “banda” era o enigmático Robertinho do Recife, vendido como uma espécie de Joe Satriani do sertão.

Dou uma geral no salão procurando por mulheres interessantes, já que as que estão comigo são gatas, mas são amigas e vivem insistindo nessa teoria absurda de que amigos não se pegam. Azar o delas que só se arrumam com inimigos.

- E aí Duda, algo em vista?

- Rapaz, aquelas duas ali na parede me apeteceram...

- Quais? Aquelas duas que resolveram unir os corpos em um só e se entregar num mar de paixão?

- Porra, justamente essas.

Lílian puxa meu braço empolgada.

- Doda, vou te mostrar o cara que eu paquerei uma vez aqui! Ele tá chegando, é aquele altão ali.

- Alto? Alto é o Júnior Baiano, esse aí deve ser jóquei de girafa.

Enquanto tento pegar mais uma cerveja, Lílian conversa com seu ex-paquera ao meu lado.

- Ei, Rogê!

- Lílian! Não A-C-R-E-D-I-T-O! Menina, você tá L-I-N-D-A! Um escândalo! Ai, olha aqui a minha carteirinha da Trash! Eu agora sou um Trasher! Ai, emoção, né? O poder e a glória eterna, meu bem!

Lílian se despede do rapaz e volta a falar comigo.

- Ai, ele é lindo, não é?

- Lílian, ele é gay.

- Tu achas? Ai, a Waleiska me disse a mesma coisa, mas eu não sei...será?

- Bem, quando chamo uma mulher de linda eu não seguro as bochechas dela com as duas mãos fazendo biquinho.

- Ah, mas...

Neste momento o DJ executa a versão em português de “Like a Virgin” com aquela menina tosca que ganhou o apelido de “Madoninha”.

- Lílian, não é ele rebolando ali de olhos fechados e com os dois braços pra cima?

- Er...é.

- Eu vou ao banheiro.

O tempo passa. Lílian e Waleiska encontram amigos antigos de outras vezes que freqüentaram a festa e entram no clima dançando de Bee Gees ao axé de raiz. Eu e Duda desistimos da busca fracassada por mulheres desacompanhadas que pareçam estar nos dando mole e já estamos debatendo sobre a final da Copa de 98 e os problemas que o Brasil enfrenta por não investir decentemente em educação. Vou ao banheiro mais uma vez. Na volta, um assustado Duda me aborda.

- Vai pedir uma cerveja naquele bar ali!

- Mas por que? A cerveja daquele é mais gelada que a do outro?

- Apenas faça o que eu disse.

Então segui em direção ao bar do segundo andar. Quando estava pensando em tirar a comanda da carteira para que a garota do bar marcasse o pedido, fui entender a cara estupefata de Duda.

- Jesus, Maria e José! Que peitos são esses?! – Meus pensamentos berraram.

- Uma cerveja? – A garota perguntou.

- Infelizmente.

- Por que? Quer outra bebida?

- Não, além da cerveja eu queria falar algo que não fosse uma besteira ou cantada barata dessas que você deve ouvir aos milhares todas as noites.

- Isso foi uma besteira ou cantada barata?

- Dá um desconto, foi no mínimo uma cantada cara: a cerveja tá 5 paus, pô!

- Olha, foi ruim, mas eu ri. Simpático você, mas eu tenho namorado e ele tá aqui.

- Foi mal, na próxima vez eu me contenho.

- Ah, olha o meu namorado ali, é aquele altão.

- Alto? Alto é o Júnior Baiano, seu namorado é um jóquei de giraf...

Sim, surpreso constatei que era ele. Rogê. O ex-paquera de Lílian que naquele momento rodopiava pela pista ao som de “Menina Veneno”. Despeço-me da garota do bar e volto a observar a festa.

O que vejo não é nada animador. Gordinhas descabelam-se lembrando músicas do Menudo, caras barrigudos vestindo camisas pólo pra dentro da calça e tênis Nike Shox divertem-se ao som de Mara Maravilha, várias “turmas do escritório” rasgam-se com “É bom para o moral” da pornstar emergente Rita Cadillac. A brincadeira está ficando cara. Já gastei uma grana em birita e nada da noite render. Decido ir embora durante o clipe de Rick Astley, as meninas que se virem e voltem com o Duda. Sigo para o estacionamento.

- Boa noite, qual o seu carro?

- É aquele Palio prata – Penso rapidamente que Palio Prata pode ser um bom nome de banda e mais rapidamente ainda concluo que não, não seria um bom nome de banda.

- Senhor, é que o dono do Fiesta que está na sua frente não deixou a chave...

- Ah, que legal, e o que você sugere? Devo voltar a pé e explicar para a minha amiga dona do carro, e que não sabe dirigir, que deixei o carro dela em um estacionamento fundo de quintal no centro da cidade porque o competente garagista esqueceu de pedir a chave do Fiesta de um filho de uma puta qualquer?

- A sua amiga tem um carro e não sabe dirigir?

- É, dá pra acreditar? Mas essa não é a questão, porra! Cadê o dono desse carro?!

- Acho que ele tá nessa mesma festa que o senhor tava, é um altão que chegou com uma peituda gatona.

- Ah, não.

Liguei pra Lílian.

- Lílian?

- TUNTZ, TINTUNS, TUNTZ, TINTUNS, TUNTZ, TINTUNS...

- Lílian! O som tá alto demais, vai pro banheiro pra me ouvir!

- TUNTZ, TINTUNS, DODA, TUNTZ, O SOM TÁ TINTUNS DEMAIS VOU PRO BANHEIRO PRA PODER TUNTZ MELHOR...(segundos se passam)...fala agora.

- To aqui no estacionamento e aquelemanéfilhodumaputadoteuex-paqueraque dáabundaorgânicadelepragirafaeprojuniorbaianotrancouocarrodaWaleiska! Eu quero sair daqui, porra!

- Não entendi nada, girafas orgânicas filhas da puta no carro da Waleiska? Tens certeza que só bebeste cerveja?

Com calma, muita calma, tentei novamente.

- Aquele jogador de basquete do time de Pelotas que é teu ex-sei lá o que estacionou na frente do carro e não deixou a chave, eu to preso! Acha ele aí dentro e explica a situação, vou ficar esperando, ok?

- ...

- Lílian? Lílian??? Porra, tá escutando??

A bateria acabou junto com os últimos pingos da minha paciência. Eu precisava chutar alguma coisa. Escolhi um pneu do Fiesta e ganhei uma dor no dedão. Eu poderia tentar entrar novamente na festa, explicando a situação para a drag queen e o armário de terno preto que cuidavam da portaria ou então ir dormir no carro até Rogê decidir sair, mas não foi preciso.

- Senhor...

- O que é?!

- Agora que eu lembrei, ele deixou a chave sim, quem esqueceu de deixar a chave foi o cara daquele Fiesta preto.

- Cara, seja esperto: tire essa merda desse carro da porra da frente do caralho do Palio e suma da minha vista antes que eu tire o macaco da mala e enfie aberto no meio da sua...

Seria uma boa frase para ser dita após o mal entendido, pena que ela ficou apenas na minha cabeça e eu tenha pronunciado as fracassadas palavras – Ah, que susto heim? Vou indo nessa então. Bom dia.

5 comments

Um tom de azul muito inteligente


A fim de oferecer opções para a mesmice da noite paulistana, cronicamente pobre de opções, a Vila Mariana Nana Banana Produções & Casa de Chá lança seu primeiro grande evento no ramo do oba-oba-vem-cá-que-eu-te-dou-um-cheiro: a noite do Marreco Biruta! Uma festa imbuída do espírito atroz e matreiro, marca registrada da colônia nortista de sotaque carioca mais sarajaneante da capital paulista.

O convescote começa com a degustação do rodízio de insetos urbanos, artesanalmente preparados por quem entende do riscado. Mosquitinhos ao molho curry, escondidinho de gafanhoto, almôndega de libélula e coxinhas de formiga preparam o clima para o prato principal, o baião de dois ao quadrado flambado no chope mais quatro.

Nos pickups, saracoteando o carburador das minas tunadas, o DJ e apicultor Jó, conhecido por sua paciência aviltante. Do foxtrot ao maxixe, passeando pela body boarding music dos anos 90 e também pelo fino da fuça, Jó promete não deixar a pista vazia nem na hora do afogamento do ganso.

Falando em patonáceos, durante o evento teremos a exclusiva presença do trio de marrecos malandros seqüestrados diretamente das límpidas, inodoras e insípidas águas do Ibirapuera. Os marrecos malandros são conhecidos por serem parecidos com patos, andarem como patos, possuírem pés de pato, mas não serem patos e sim, marrecos. Com muito orgulho, com muito amor.

Um beijo.

0 comments

Last posts

Archives

Links


ATOM 0.3


Webstats4U - Free web site statistics
Personal homepage website counter
eXTReMe Tracker