Em maio de 2004, na primeira volta dos MP3s pelo computador já decorei quase todas as letras. Também, com músicas em sua maioria com menos de 2 minutos e com lyrics formadas por duas ou três palavras em um tosco portunhol, isto não era muito difícil. Enfim, gostei do surf-punk-beatles-mexicano-abestalhado do Los Pirata e veja só, coisa rara, até comprei o CD (se você for um agente da Polícia Federal lendo isto, saiba que eu só baixo MP3 com a intenção de conhecer a banda. Quando gosto compro o CD original em uma loja legalizada que emprega todos os seus funcionários com carteira assinada, declarando salário integral nas mesmas).
(efeito de passagem de tempo, já estamos no dia 8 de dezembro de 2005)
Então os caras (clichê utilizado por 10 entre 10 novos jornalistas de música ao se referirem aos integrantes de bandas) chegaram numa quinta-feira na cidade. Sexta já estávamos levando los chicos para o show do La Pupuña, banda de guitarradas-surf music, hype do momento na cidade e pelo visto em boa parte do Brasil. Uma noite divertida e estúpida como muitas outras onde raps e emocores indígenas foram compostos, merdas foram faladas, bundas foram comentadas e mulheres loucas paravam carros no meio da rua para agarrar homens apaixonados.
Enfim, os paulistanos do Los Pirata formado em 2000 por Paco Garcia (guitarra e voz), Jesús Sanchez (baixo e voz) e Loco Sosa (bateria e voz) passaram por Belém deixando os donos de sorveterias muito mais ricos e a moçada do rock com a língua presa de tanto insistir na piada de falar portunhol. Perfeito para ouvir lendo Los 3 Amigos ou qualquer outra coisa do Laerte e do Angeli (não combina muito com o Adão).
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